Redefinindo a Publicidade Digital com Inteligência Artificial Comportamental
Com o avanço das restrições à coleta de dados por cookies, o marketing digital vive um momento de reinvenção. O modelo tradicional de segmentação — baseado em dados demográficos ou inferências frágeis de navegação — está se tornando obsoleto. No lugar dele, surge uma abordagem mais sofisticada: a construção de audiências baseada em comportamento real, impulsionada por inteligência artificial (IA).
Essa transição representa não apenas uma mudança tecnológica, mas uma transformação na forma como as marcas compreendem, alcançam e se conectam com seus públicos.
Do Perfil ao Comportamento: Uma Nova Abordagem de Audiência
Historicamente, profissionais de marketing segmentavam audiências com base em atributos como idade, gênero, localização ou classe social. Com o tempo, essa segmentação foi complementada por dados de terceiros (third-party data), uso de cookies e inferências contextuais. No entanto, essas abordagens se mostraram limitadas em precisão e muitas vezes ineficazes para capturar intenções reais de consumo, além de estarem cada vez mais restringidas por políticas de privacidade e mudanças nas plataformas digitais.
Com a IA comportamental, a lógica se inverte. Em vez de partir de quem a pessoa é, a análise começa pelo que a pessoa faz — o que busca, consome, assiste, onde vai, com que frequência e em que contexto.
Essa mudança só é possível graças a uma combinação de fatores:
Big data comportamental: bilhões de pontos de dados de navegação, apps, localização e consumo de mídia.
IA cognitiva: algoritmos que processam e interpretam padrões em tempo real.
Infraestruturas de dados independentes: tecnologias que operam de forma privacy-friendly, sem depender de cookies de terceiros.
Fontes de Dados: Mapeando o Comportamento Real
A construção de audiências comportamentais exige uma captação ampla e integrada de sinais digitais e físicos. Os principais tipos de dados utilizados incluem:
Buscas e navegação: termos pesquisados, sites visitados, tempo de permanência.
Conteúdo consumido: textos lidos, vídeos assistidos, temas recorrentes.
Apps utilizados: categorias de aplicativos e frequência de uso.
Atividade geoespacial: visitas a pontos físicos, eventos ou lojas.
Interações com mídia: tipos de anúncios visualizados, engajamento com criativos, horários de maior atividade.
Esses dados são agregados e analisados de forma anônima e contextualizada, respeitando as legislações de privacidade como LGPD, GDPR e CCPA.
O Papel da IA: De Dados a Audiências Ativáveis
O diferencial da IA comportamental está em sua capacidade de transformar dados brutos em coortes inteligentes — agrupamentos de pessoas com interesses, hábitos e intenções semelhantes.
Esse processo inclui:
Mapeamento de padrões psicográficosA IA detecta padrões de interesse, estilo de vida, valores e motivações com base em comportamento digital e físico.
Identificação de intenções de compraComportamentos específicos — como buscas por comparativos de produtos, simulações de preço ou visitas a showrooms — indicam intenção ativa.
Segmentação dinâmica e em tempo realAs audiências não são estáticas. A IA atualiza continuamente os grupos conforme o comportamento dos usuários evolui.
Ativação multicanal com precisãoAs audiências podem ser ativadas em diversos canais digitais: mídia programática, redes sociais, vídeo, CTV, apps, entre outros.
Benefícios para as Empresas
Adotar a construção de audiências baseada em comportamento com IA traz vantagens competitivas claras:
Relevância real: campanhas baseadas em comportamento geram maior engajamento e menor dispersão.
Precisão sem invasão: segmentação eficaz sem violar a privacidade do usuário.
Eficiência operacional: automatização de análises e ativações, reduzindo tempo e custo de campanhas.
Visibilidade estratégica: acesso a insights profundos sobre o mercado, concorrência e tendências emergentes.
Exemplo Prático: Mercado Automotivo
Imagine uma marca de veículos que deseja atingir consumidores interessados em carros elétricos. Com IA comportamental, é possível:
Identificar usuários que pesquisaram por modelos híbridos, acessaram vídeos de test drives e visitaram concessionárias.
Criar segmentos como “jovens profissionais urbanos interessados em mobilidade sustentável”.
Ativar campanhas com mensagens diferentes para cada grupo, nos canais que mais usam (YouTube, apps, social media).
Monitorar em tempo real quais mensagens geram mais interesse e ajustar os criativos automaticamente.
O Futuro: Inteligência Escalável e Centrada no Humano
Mais do que uma tecnologia, a IA comportamental representa uma nova filosofia de marketing: colocar o comportamento real no centro da estratégia. Ao abandonar suposições e abraçar a observação empírica, as empresas podem criar experiências de marca mais relevantes, éticas e eficazes.
Plataformas como a da Positivo Adtech — entre outras no mercado global — mostram que é possível unir escala, inteligência e privacidade em um mesmo ecossistema. Essa é a próxima fronteira para marcas que querem não apenas vender, mas compreender profundamente seus consumidores.
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